sábado, 23 de outubro de 2010

Em paz, eu digo que eu sou...


Sempre fui apaixonada por Skank. Quando ouvi Te Ver pela primeira vez, em um CD que tinha uma foto engraçada de um homem na capa, cheio de acessórios estranhos e engraçados – fora que o disco era do meu irmão e eu roubava dele para escutar -, adorei a batida da canção, o estilo meio reggae, meio pop, meio rock da banda de Samuel Rosa.

Formada no comecinho da década de 90, o Skank já lançou 11 discos e sempre emplaca sucessos em cada um. O primeiro, de forma independente, levou o nome da banda. O segundo, Calango (que é esse do cara engraçado na capa), é o que tem as músicas que precisam estar no set list da banda em qualquer show. Jackie Tequila, Esmola, O Beijo e a Reza, a já citada Te Ver, É proibido fumar e Pacato Cidadão.
 
E praticamente todas elas estão no último DVD gravado pelo quarteto, formado por Samuel Rosa, Lelo Zaneti, Henrique Portugal e Haroldo Ferreti. Multishow ao vivo – Skank no Mineirão foi lançado no último mês, e claro, mal chegou às lojas, eu já tinha comprado pela internet (a desesperada). Com 30 canções no repertório escolhido pelos fãs, por meio do site oficial da banda, se você quer uma coletânea com todas – sim TODAS – as melhores canções deles, é só adquirir esse trabalho, que ficou sensacional.

Cheio de jogo de luzes, a abertura do DVD não é exatamente com a banda, mas sim com cenas do documentário Belo Horizonte, de 1949, em que mostra os principais pontos turísticos da capital, com a canção que leva o mesmo nome da cidade, do cantor norte-americano Dick Vale.

Após a apresentação, a banda subiu ao palco ao som de Renascença (do disco Estandarte), somente instrumental e já começam com Mil Acasos, seguido de Um Mais Um, É Uma Partida de Futebol em um pout pourri com Esmola (o mesmo que fizeram no MTV Ao Vivo Em Ouro Preto). E, depois de levantar a galera, já vem a batidinha de Pacato Cidadão. Até aí, já estava amando o DVD.

Claro que o show ficaria ainda mais incrível: Uma Canção é Pra Isso, É Proibido Fumar, a inédita Presença (mais uma das muitas canções de Samuel Rosa e Nando Reis), Amores Imperfeitos e Ainda Gosto Dela (com a participação – e única – de Negra Li, que ainda continuou um pouco mais para pedir para as 50 mil pessoas presentes que voltassem a cantar o refrão desta música).

E então veio o último hit lançado pela banda, Noites De Um Verão Qualquer, cujo videoclipe eu já cheguei a comentar aqui que é fantástico, com uma produção perfeita, digno da premiação da MTV, em que perderam para a happy rock Restart (mas, tudo bem, só um desabafo de alguém que curte videoclipes e consegue diferenciar as produções).

Voltando ao assunto principal, quando Samuel deixa a guitarra de lado, chega até o microfone e diz “Uma velha conhecida de vocês. Aí vem ela. Estou falando de Jackeline Tequila”. Foi demais a imagem da galera gritando e cantando junto com o grupo.

Depois da brincadeira com o público, vem a parte romântica do show da banda: Balada do Amor Inabalável, Acima do Sol (uma das canções mais perfeitas), a segunda inédita da noite, De Repente (também assinada por Samuel e Nando Reis), e Três Lados.

Foi então que intercalaram as músicas agitadas da banda com as românticas, começando por Vou Deixar, Garota Nacional, passando por Sutilmente, Vamos Fugir, Saideira e ela, a canção mais linda e perfeita, composição de Samuel Rosa e Nando Reis (pra variar), Resposta. Eu tenho um amor por essa música que não tem explicação. Letra, melodia, tudo. Amo e ponto.

Fora que ainda passaram Te Ver, Tanto e O Beijo e a Reza, do disco Calango; Ali e Canção Noturna, de Maquinarama; Dois Rios, de Radiola, fechando com chave de ouro: Tão Seu, do O Samba do Poconé. Entra uma canção e toda, durante todo o DVD, há brincadeiras, conversas, muito jogo de luzes, mas não vou contar detalhes, porque perde a graça. Ainda há o making off e três videoclipes (Uma Canção é Pra Isso, Sutilmente e Noites de Um Verão Qualquer), nos extras.

Gosto da banda, já fui a diversos shows deles e me divirto em todas. O estilo, as canções e até mesmo a forma como eles se comunicam com o público é muito legal. Não porque são mineiros, mas porque tocam uma música legal, as composições são boas, outras engraçadas, mas que não saem da boca do público e até mesmo quem não curte tanto a banda, conhece alguma canção dela. Fora que são uma das poucas bandas brasileiras que permanece com a mesma formação desde a formação (que foi em 1991 exatamente, ano que vem completam 20 anos de carreira).  Sou fã, assumo e recomendo o DVD para ouvir, ver, rever e por aí vai!

Como de costume, abaixo estão alguns vídeos de canções da banda que eu gosto (eu até colocaria mais, mas ia ficar muito extenso ou até não acabaria rsrs). Nenhum dos vídeos é do novo DVD, são dos anteriores.

Resposta (claro que seria a primeira rs)



Acima do sol



Canção Noturna



Te Ver

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Hey, man I'm alive..."


Quando dizem que a primeira vez para qualquer coisa a gente nunca esquece, é a mais pura verdade. E presenciei algo assim na última quarta (6 de outubro), quando fui ao show do Bon Jovi, no Morumbi, aqui em São Paulo. Comecei a curtir a banda, quando eles vieram ao Brasil há 15 anos e algumas canções de sucesso da banda fizeram parte de trilhas de novelas nacionais e, aos poucos, fui gostando mais e mais do estilo do quarteto (e também do charme de Jon Bon Jovi, que vamos falar a verdade: que homem é esse? rsrs).

Mas, voltando ao assunto principal, eu cheguei ao estádio mais ou menos às 17h e já havia um trânsito absurdo e a pista lotada. O show estava previsto para começar às 21h. Fiquei assustada com a quantidade de gente que estava naquele lugar. Foram 60 mil pessoas pulando e cantando todas as canções escolhidas para o The Circle Tour, a turnê que marcou o retorno da banda à América Latina, depois desses 15 anos.

Eu participei da coletiva de imprensa e, tirando algumas perguntas idiotas, algumas foram a respeito do quanto a banda amadureceu e o que ela faz para manter o sucesso. A resposta do guitarrista Richie Sambora foi simples “nós gostamos de fazer música, então a fazemos com vontade e sempre pensamos no que nossos fãs querem e o quanto vão gostar”. Mas de um jeito engraçado, típico dele, que foi bastante carismático.

Quando outro repórter fez o tradicional comentário sobre a rivalidade entre Brasil x Argentina – sendo que a banda se apresentou dias antes em Buenos Aires, com três horas de show –, ele quis saber se eles fariam um show com maior tempo de duração aqui. Outra resposta objetiva, mas agora de Jon Bon Jovi: “A duração do show só dependerá do público”. Bom, fizemos por merecer, porque também foram três horas de muita música, que deixou um gosto enorme de quero mais.

Show de abertura

A abertura ficou por conta da Fresno, que entrou vaiada pelo público e saiu pouco aplaudida, mas ainda vaiada, pelo fato dos fãs não terem aceitado que eles abrissem um show do porte de Bon Jovi. Escutei muitos falando que não se conformavam pela escolha, pois os públicos de ambas as bandas são completamente diferentes. Acredito que quem gosta de Fresno, pode gostar de Bon Jovi, mas o contrário, parece impossível.

O show


Quando as luzes se apagaram e o telão começou a exibir diversas palavras como Love, Life ou Hope, a multidão foi ao delírio com a entrada de todos os integrantes, tocando Blood On blood (New Jersey - 1988), seguida de We Weren’t Born To Follow, do último álbum. Já na terceira música, não tinha como não berrar, gritar, espernear e ficar feliz por ela estar no set list: You Gave Love A Bad Name. Claro que eles não iam deixar de fora Runaway, que é uma clássica da banda, do primeiro disco Bon Jovi, lançado em 1984.

Quando todos viram que a próxima canção era Lay Your Hands On Me, foi fantástico ver a alegria de todos (e a minha também, claro). O melhor de tudo foi que Jon deu espaço para Ricchie Sambora que, além de ser um excelente guitarrista, soltou o vozeirão, brincando com o público.

Entre reboladinhas de Jon, que arrancava gritos de todas (inclusive meus), piscadinhas para as fãs e aquele olhar 43 meio assim de lado, fomos surpreendidos mais uma vez quando, no meio de Bad Medicine, o vocalista chamou o também guitarrista Bobby Bandiera à frente do palco e pediu para que ele amenizasse os ânimos naquele momento, pois todos estavam muito “quentes”. E eis que me vêm os primeiros acordes de Pretty Woman (sim, aquela canção de Uma Linda Mulher, de Julia Roberts). Foi inesperado e a banda foi a fundo e a cantou inteira.

Não tem como dizer que tal canção foi o melhor momento do show, porque todas fizeram dele muito bom em cada minuto, cada brincadeira dos músicos com o público, cada início de canção que surpreendia a todos, pois era “A” música. As canções que me fizeram arrepiar com o coro foram mesmo Blaze Of Glory, I’ll Be Ther For You (que eu confesso que chorei, claro), Always e Bed Of Roses. Esta última, tocada depois do bis, quando todos gritavam para a banda tocar mais uma e o quarteto fechou uma rodinha no estilo “vamos voltar e vamos tocar...”. E voltaram com tudo, fechando com chave de ouro.

O bis ficou por conta de These Days, Someday I’ll be Saturday Night (nesta, eu quase quebreis minhas pernas, de tanto que eu pulei, pois sou apaixonada por essa música) e Livin’ on a Prayer. Nesta última, a banda exibiu no telão vídeos enviados por fãs, que a dublavam, interpretavam e até faziam performances durante a música.

Um show de uma banda que tem história, conteúdo, currículo, um vocalista lindo e, claro, toca música de verdade, com letras fantásticas, que falam de amor, amizade e até cotidiano. Valeu a pena cada segundo, cada canção. Sem mais.

Abaixo o set list completo do show no Estádio do Morumbi e seu respectivo álbum:

Blood On Blood (New Jersey)
We Weren’t Born To Follow (The Circle)
You Gave Love A Bad Name (Slippery When Wet)
Born To Be My Baby (New Jersey)
Lost Highway (Lost Highway)
Superman Tonight (The Circle)
In These Arms (Keep The Faith)
Captain Crash (Crush)
When We Were Beautiful (The Circle)
Runaway (Bon Jovi)
We Got It Going on (Lost Highway)
It’s My Life (Crush)
Bad Medicine (News Jersey)/Pretty Woman
Lay Your Hands On Me (Cross Roads)
Alaways (Cross Roads)
Blaze Of Glory (Cross Roads)
I’ll Be There For You (New Jersey)
Have A Nice Day (Have A Nice Day)
Sleep When I’M Dead (Keep The Faith)
Work Of The Working Man (The Circle)
Who Says You Cant’ Go Home (Have A Nice Day)
Keep The Faith (Keep The Faith)
Bis
Wanted Dead Or Alive (Cross Roads)
These Days (These Days)
Someday I’ll be Saturday Night (Cross Roads)
Livin’ on a Prayer (Slippery When Wet)
Final
Bed Of Roses (Keep The Faith)

Eu postei abaixo três vídeos. O primeiro é de uma pequena parte da abertura, o trecho inicial de These Days e praticamente toda Blaze Of Glory. Queria ter feito mais filmes, mas a bateria da minha câmera não colaborou muito. Mas consegui tirar muitas, mas muitas fotos que também seguem após os vídeos!

Abertura


These Days



Blaze Of Glory










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