segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não era do meu tempo, mas se tornou...

Estava conversando com duas amigas em um bar neste fim de semana, quando colocaram músicas e, no repertório, estava Engenheiros do Hawaii. Quando disse que adoro essa banda e que conheço várias músicas deles, uma delas me disse “Nossa, mas isso não é da sua época!”. Realmente, não é, mas meu irmão e minha irmã (ambos mais velhos) sempre gostaram de bandas como Titãs, Engenheiros, Paralamas, Legião, RPM, Capital e eu meio que cresci escutando estas bandas.

Tanto que eu ouvia a letra de Faroeste Caboclo, de Renato Russo, e tentei passá-la inteira para o papel. Bom, por que estou tocando neste assunto? Porque acredito que a década de 80 foi quando as melhores bandas de rock surgiram no Brasil. Tanto pela letra, quanto por levar a sério o estilo: rock. Tudo bem que naquela época eu não entendia nada direito, porque com 7 ou 8 anos, eu escutava as canções com meus irmãos, mas não compreendia quase que nada e só fui entender muitos anos depois, claro, quando peguei para ler de verdade algumas composições e lembrei da época em que foram escritas.

Posso estar errada, não sou a expert em música, mas comparando o que há de bandas hoje com as que citei no começo do texto, acho que não há nem como comparar, porque é tudo muito diferente. Emo, Happy Rock, não sei se isso são novos estilos de moda, porque usam roupas digamos que “diferentes” ou que chamam mais a atenção dos adolescentes, que se vestem iguais a eles. Só sei que não curto o atual rock...tudo bem que Nx Zero amadureceu bastante desde o início da carreira e a banda está com algumas músicas muito boas. Charlie Brown Jr. voltou com tudo em Só os loucos sabem, mais acústico, mas a letra é fantástica, e o estilo de Chorão está 100% na música.

Se pegarmos algumas letras da banda Capital Inicial e até mesmo as composições de Humberto Gessinger, vocalista do Engenheiros, algumas falam da realidade, outras são poesia pura. Tudo bem que das que citei acima, somente Titãs, Paralamas e Capital continuam 100% na ativa, com novos trabalhos e tudo mais. Dizem que Engenheiros voltará em 2011. Tomara que sim.

Abaixo algumas canções do Engenheiros que eu gosto muito e também das bandas Capital Inicial, Titãs e Paralamas do Sucesso. Peguei dos discos acústicos ou até mesmo de novos trabalhos que eles já lançaram com os principais sucessos. Tudo bem, que todas já foram regravadas em outras edições e outros trabalhos de cada banda. Mas, acho que, mesmo se eles não fizessem isso, eu as conheceria do mesmo jeito, graças aos meus irmãos. Acho que estou bem nostálgica esta semana! rsrs

Dom Quixote – Engenheiros do Hawaii



Pra ser sincero (outra muito, mas muito boa do Engenheiros…só o primeiro verso dela já diz tanta coisa!)



Veraneio Vascaína – é da época do Aborto Elétrico, mas é uma música bem legal também



Marvin – Titãs (essa não preciso falar nada)



Meu Erro – Paralamas do Sucesso – eu queria a versão com a banda Titãs, mas a incorporação estava bloqueada. Então, se quiser ouvir esta, clique aqui. A que está abaixo é a versão acústica que a banda contou com a participação de Zizi Possi.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Zumalaica


Quem me segue no twitter já deve ter lido, algumas vezes, a respeito de eu ter gostado muito do último DVD lançado pela Banda Eva, Lugar da Alegria, em 2010. Não por menos, Saulo Fernandes fez uma linda produção, gravando um DVD de estúdio, diferente do último ao vivo, Veja Alto, Ouça Colorido (2007), feito com palco e uma galera animada que pulava e cantava em todas as canções.

Na época em que gravava o DVD, eu cheguei a fazer uma entrevista com Saulo e ele contou sobre a escolha de estúdio ao invés do ao vivo. Ele disse que das 19 canções, 18 são inéditas - somente a gravada com Carlinhos Brown, Mares de Ti, veio do disco Alfagamabetização, do músico -. Além disso, ele também disse que a banda vinha de uma sequência de três discos ao vivo e eles queriam ter um cuidado maior com a música, com o som, algo que existe sim em um disco ao vivo, mas não com tanta intensidade quanto que em um de estúdio. Eles usaram um sítio próximo a Salvador e o Castelo Garcia D’Avila, que fica na Praia do Forte, como palcos para a gravação.

O papo com Saulo foi muito legal, pois ele falou também das participações que a banda teve com esta produção. Além de Carlinhos Brown, estão Margareth Menezes, Tatau e o vocalista da banda Na Forma da Lei, Ninha, focando muito nas raízes da música africana, com “um ‘que’ de afirmação negra”, como ele mesmo disse. Na canção Sinais, que conta com Margareth Menezes, o som começa com um berimbau, seguido do atabaque e depois pandeiro, como se iniciasse uma roda de capoeira. Melodia e letra perfeitas.

O que comprova esse “que” de afirmação negra é que há um personagem chamado Zumalaica, que está no clipe Rua 15 (o vídeo está abaixo para vocês assistirem e é ele na foto que abre o texto) e, em algumas canções do novo trabalho, ele aparece, como se elas contassem suas história e falassem de suas raízes. Entre elas estão Rua do Sossego, Oxente Balance e Que Batuque é Esse.

Quem me conhece sabe que sou micareteira e gosto muito de ir a shows e afins. Mas esse DVD da Banda Eva foi muito bem feito, com letras lindas e melodias melhores ainda. Não é aquele “axezão” que estamos acostumados a escutar nos shows. Há sim as canções mais agitadas com a que conta com a participação de Tatau – que possui uma das vozes mais lindas, na minha opinião. Ele não desafina e muito menos faz esforço para cantar, é encantadora – em Velocidade Luz, e de Ninha, em Tudo Certo na Bahia.

Mas outras como Anjo Bem, Lugar da Alegria, Encontro Marcado, Tão Sonhada e Nada lhe é Proibido, têm um toque mais leve e algumas são até mais voltadas para o reggae como Como Um Abraço e Mar Sem Fim.

Abaixo coloquei alguns vídeos das músicas que mais gostei no DVD (tudo bem que adorei todas, mas sempre há aquelas em que você coloca no repeat e não cansa de escutar). E o da Rua 15 também está abaixo.

Rua 15



Lugar da Alegria



Sinais (com Margareth Menezes)



Velocidade Luz (com Tatau)



E caso queira ver a entrevista com Saulo, clique aqui e a veja completinha!

sábado, 7 de agosto de 2010

5 Minutos...


De vez em quando eu paro para escrever e a tela branca da página do Word fica na minha frente em branco. Nunca parei para contar o tempo em que costumo ficar estável na frente dela, pensando em tudo e não escrevendo nada. As ideias vêm até a minha cabeça tão rápido que não consigo parar e colocá-las aqui. É engraçado como não conseguimos desligar e até quando queremos desabafar, não conseguimos expressar direito, porque o 220 está tão ligado que não tem como fazer tudo de uma só vez e, mesmo querendo fazer uma coisa de cada vez, não consegue. Não adianta, às vezes, nossa mente expressa e não expressa, diz e não diz, quer e não quer.

Parece até que fumei um antes de escrever isso, mas estava assim esta semana e percebi o quanto perdemos o controle em algumas situações e, depois, em algumas circunstâncias, até valeu a pena ter feito isso e não ter feito passo a passo, porque de vez em quando o certo ‘demais’ é sem graça demais, e estamos tão alienados a algumas coisas que não queremos mais ser certos, precisamos de adrenalina, emoções diferentes e, normalmente, o errado traz isso. Não estou falando de sair matando uma pessoa, dirigir irresponsavelmente ou xingar seu chefe porque ele não faz o trabalho direito. Mas, cada um tem o seu “errado que dá emoção”e, acredito, que nenhum vai levar a pessoa para a cadeia ou fazê-la perder o emprego.
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