terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Adeus Simply Red



O último domingo (19) foi de despedida para o grupo Simply Red. Em Londres, a banda de Mike Hucknall disse adeus com um mega show, encerrando a carreira de 25 anos. De acordo com o site Terra, eles já venderam mais de 50 milhões de discos e o líder não deixou de conversar com os fãs que lotaram o O2 Arena para prestigiar o último show. (Eu não li nada a respeito dos reais motivos do fim deles, mas com a carreira, talvez cada integrante queira seguir com sua carreira ou outros projetos).

“Boa noite, adeus, o Simply Red não existe mais”, disse Mike Hucknall, o único integrante que está no grupo desde sua formação em 1984. "Quero agradecer a seu apoio nos últimos 25 anos. Foi uma trajetória maravilhosa", disse o cantor que lançou 14 discos no comando da banda.

Ainda segundo o site Terra, o vocalista já revelou que a trajetória da banda acabou, mas não deixará de trabalhar. Em uma entrevista ao The Guardian, ele afirmou que deseja compor. “Não quero mais ser escravo do sucesso comercial. Estou livre". Só quero escrever músicas no meu cantinho".

No show da turnê Farewell, The Final Tour, a banda não deixou de tocar The Right Thing, It’s Only Love, A New flame, For Your Babies, Stars e fechou com uma versão de Holding Back the Years.  Agora é esperar as novas composições de Mike Huknall e que sejam tão boas quanto as que ele escreveu enquanto esteve à frente do Simply Red.

Eles passaram pelo Brasil em abril deste ano com a turnê e o próprio vocalista afirmou que seria o último show no país. Eles também passaram por Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

O nome da turnê também é o nome de um longa produzido pela banda para se despedir dos fãs de todo o mundo. Bom, acredito que daqui alguns dias apresentem o DVD com o show desta turnê ou algum outro com os sucessos da banda...é só aguardar.

Formação

A Simply Red foi criada na cidade britânica de Manchester, durante a década de 80. Apesar das inconstantes entradas e saídas de integrantes, parecia que o vocalista da banda, Mike Hucknall, sempre manteve o foco nos trabalhos e conseguiu lançar sucessos em 14 álbuns, sendo o último apresentado em 2010, Songs Of Love.

Abaixo coloquei alguns vídeos de algumas das canções de sucesso da banda:

Stars (a mais clássica e mais linda)



Holding Back The Years



If you Don’t Know Me By Now

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

In New York City...


 Assim que descobri que já havia a pré-venda do novo DVD da cantora Ivete Sangalo, comprei na hora. Eu gosto dela, do jeito dela, das músicas e tudo mais. Quando soube que ela faria uma produção no Madison Square Garden, em Nova York, fiquei um pouco apreensiva, pelo fato de uma cantora de um ritmo totalmente brasileiro, indo para um lugar que praticamente não conhece direito o Axé brazuca, o que a gente pensa é na repercussão, divulgação, se vai lotar o local e tudo mais.

E tudo mais do que bom aconteceu no Multishow Ao Vivo – Ivete Sangalo no Madison Square Garden. A abertura, figurino, banda, dançarinos e ela, claro, tudo perfeito. As participações também, cada música era especial para cada cantor que pisou naquele palco.

Ao todo são 21 canções, além do making off e um clipe de uma participação que Ivete fez em um show da Dave Matthews Band, na canção You and me.

No set list não faltaram as conhecidas da época em que a cantora era vocal da Banda Eva (uma banda que eu acho que poderia fazer uma participação no show, porque, afinal, foi a que lançou Ivete e tudo mais, mas, enfim, quem sou eu pra dar pitaco em algo), entre elas Flores,  Me Abraça, Eva, Alô Paixão e Beleza Rara, além das novas Acelera Aê (Noite do bem) e Desejo de Amar.

Com as participações, Ivete não poupou em mostrar um pouco da música latina. O primeiro a subir no palco foi o colombiano Juaes, em Darte; depois o brasileiro Seu Jorge com Pensando em nós dois; então veio Nelly Furtado (que não é latina, mas é descendente de portugueses) em Where in begins; e por último o simpático Diego Torres, em Ahora Ya Sé, que já foi gravada por Ivete (Agora Já Sei).

Fora que ela arriscou em cantar um sucesso do Rei do Pop Michael Jackson, Human Nature, o que deixou a maioria surpresa, porque acho que ninguém esperava que ela faria isso. Mas até que ficou legal. E também quando tocou piano e cantou Easy, de Lionel Richie, que ficou lindo.

Uma nota: a canção Where in begins, em que Ivete canta com Nelly Furtado, a letra é de autoria das duas com mais dois compositores: Gigi e Lester Mendes.

Como já disse, a produção foi fantástica e só vendo para entender o que escrevo, porque não vou descrever aqui, senão perde a graça. Mas, para quem curte, vale a pena dar de presente, comprar e deixar na coleção de DVDs de shows.

Eu conheço pessoas que foram até Nova York para conferir o show do Furacão e disseram que, após a gravação, ela transformou a festa em uma verdadeira micareta, com a volta de Seu Jorge ao palco, e até Margareth Menezes, que foi conferir a gravação, também deu um show, cantando Dandalunda. Achei muito legal isso, porque daí não teve gravação, repetição de música, coisas que sempre acontecem em qualquer gravação de DVD.

Na coletiva de imprensa do lançamento do DVD, a cantora disse que pretende apresentar este show em todo o Brasil. Mas isso só vai acontecer após o carnaval, porque agora a meta dela são os preparativos para essa festa. Dizem que em um dos shows dela em cima do trio elétrico, terá a participação de Shakira. É esperar para ver.

A própria Ivete Sangalo postou os vídeos com as participações no twitter dela e seguem alguns abaixo para vocês conferirem.

DarteJuanes



Pensando em nós doisSeu Jorge



Ahora Ya Sé (Agora eu já sei)Diego Torres

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ao Vivo na Net


Aconteceu na noite desta terça-feira (30 de novembro) a primeira transmissão ao vivo realizada pelo YouTube na América Latina. O nome do evento: Skol Sertanejo Live, que contou com shows de Victor e Léo, Bruno e Marrone, Luan Santana, João Bosco e Vinícius e Michel Teló. Eles tocaram no HSBC Brasil, em São Paulo.

Quem vê, pensa que o evento aconteceu a noite inteira. Mas não. Começou pontualmente às 20h, apresentado por Rafinha Bastos, Sabrina Sato e Gianne Albertoni, e terminou às 23h. Parece pouco tempo, mas cada cantor ou dupla tinha cerca de 30 a 40 minutos para tocar seus principais sucessos.

A produção foi excelente e a transmissão, pelo que me falaram, foi perfeita. Cerca de um milhão de pessoas assistiram ao programa, sendo trending topics mundial. Os shows foram ótimos, gostei muito da organização, porque não tinha erro em nada (só o microfone do Rafinha Bastos que de vez em quando havia falhas, mas rapidamente eles trocavam e tudo ficava certo).

O intervalo entre um show e outro não durava nem 10 minutos. Enquanto vídeos eram exibidos dos cantores falando da importância da internet para suas carreiras ou eram entrevistados, no palco estava a movimentação de troca de instrumentos para a próxima atração.

A ordem dos shows foi: Victor e Léo, Bruno e Marrone, Luan Santana, João Bosco e Vinícius e Michel Teló. Todos tocaram seus principais sucessos e uma canção que foi a escolhida pelos internautas.

Apesar de que só uma coisa que me chamou a atenção: Michel Teló tocou uma canção do grupo Reação em Cadeia. Pra quem não conhece, essa banda de rock foi formada no Rio de Grande do Sul e ela ainda existe, mas não com o sucesso nacional, mas eu até tinha um CD deles e algumas músicas eu curtia bastante. E a que ele gravou, Me Odeie, era uma delas que eu escutei bastante.

Acho que essa primeira experiência deu certo e quem sabe isso não se torne mais comum no Brasil. Quem sabe eles não pensem agora em investir em shows de outros estilos musicais. É esperar pra ver!
Abaixo um vídeo de cada show:

Victor e Léo



Bruno e Marrone



Luan Santana



João Bosco e Vinícius



Michel Teló

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Querer é poder? É sim, oh se não é!

Há certos momentos em que o desespero fala tão alto. Independente se é porque você está solteiro e gostaria de se “acalmar” com alguém ou até porque perdeu seu emprego e precisa de um novo com urgência ou mesmo porque chegou a hora de tomar uma decisão e você não sabe como prosseguir ou pode até ter um pouco de medo de mudanças (sim, muitos têm ou todos têm).

Na verdade, chega um momento em que você cansa de muitas situações. Você tem vontade de jogar tudo pro alto, de falar pra quem precisa mandar se f*#@r, mas não consegue, porque não pode ou porque não pode fugir da regra da “política da boa vizinhança” (não, não mandei nenhum chefe pra esse lugar, não é nem disso que estou falando). Eu digo com relação a quando você tem a vontade de mudar e não consegue, não porque não pode, mas porque as situações fazem com que isso não aconteça. Parece um pouco confuso, mas, por exemplo: você levou um pé na bunda fenomenal, tudo indica que sua relação não vai dar certo, mas algo sempre está lá no fundo dizendo que você precisa tentar, manter isso, ter esperanças de que algum dia isso vai mudar (ok, chega um momento que esse algo lá no fundo manda você chutar o balde, porque já deu o que tinha que dar).

É nesse “tentar e não poder, porque não consegue” que estou falando. Em alguns casos é por simples comodismo, mas e quando você quer, deseja que algo mude, mas não tem condições, porque sempre acontece algo que te remete ao passado, aos momentos bons – sim, eles existem e sempre vão existir – e daí o anjinho e o diabinho que está um em cada ombro acabam pensando a mesma coisa e você não tem nem uma dúvida de que tentar de novo pode ter uma solução diferente, porque a “esperança é a última que morre”.



Bom, você deve estar se perguntando “Aonde que essa louca quer chegar?”. E eu respondo: a esperança, ela tem que existir, não há como. Acho que ela move montanhas, nos faz ter ambições em querer crescer no trabalho, em querer ser alguém melhor e demonstrar isso na família, com os amigos. Mas, às vezes, ela precisa acordar e te ajudar a perceber que o caminho certo não é exatamente aquele que você pensou a vida toda. Pode ser algo bem torto, cheio de obstáculos, mas todos superáveis e que tem ensinam a viver até de uma maneira diferente.

Então, se você está a fim de mudar, acha que está na hora de mudar a cor do cabelo ou não usar tanta camisa pólo, mas quem sabe uma camiseta com uma estampa diferente, não tenha medo e nem se acanhe. Temos que pensar na gente antes de qualquer coisa, no que fará bem pra gente, pro nosso interior e não ficar pensando que “ah, acho que vou fazer isso pra impressionar ele e quem sabe ele poder olhar mais pra mim” ou “será que se eu começar a falar de uma maneira diferente, ela vai dar mais atenção para mim e quem sabe querer ficar comigo?”.

Olha, ser quem você não é não tá com nada mais, principalmente nos dias de hoje em que muitos são tão idiotas a ponto de olhar só o exterior e esquecer de pensar que há um interior, que possui sentimentos, vontades e opiniões, e ainda nem sequer lembram da pessoa que pegou na balada no dia anterior – não que tenham que lembrar sempre, mas se estiver nas situações que citei acima, acho que vocês me entenderam, né? rsrs

Posso estar maluca escrevendo isso, mas tive um surto psicótico (sei lá se isso existe) e fiquei com vontade de mudar. Eu ainda não sei no que irei mudar, se será apenas na cor do cabelo ou até mesmo em algumas ideias que antes eu tinha medo de expressar e acho que agora é a hora de fazer isso. Não sei de verdade. Talvez eu descubra do nada, andando na rua ou agora escrevendo para vocês. Se irei mudar para pior ou para melhor, vai depender do ponto de vista. Para mim será melhor, com certeza, porque de uma coisa eu já sei: preciso pensar em mim antes de qualquer coisa.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amo e assumo!

É engraçado que, quando você vai escrever sobre algo que gosta muito, as palavras não saem. Não pelo fato de não ter inspiração, mas sim porque você acaba não conseguindo descrever o momento. Não estou falando de nenhum grande momento de nossas vidas, como um emprego dos sonhos, casamento, filhos ou você abriu a empresa dos seus sonhos. Somente fui a uma micareta em que reencontrei amigos, dei muita risada, descobri novos amigos, além de ver que tenho sim amigos de verdade que me aturam e que gostam de mim.

Bom, tirando os desabafos de lado, no fim de outubro fui ao Carnalfenas, aqui em Minas Gerais, na minha terrinha amada – sim, eu demorei pra publicar aqui sobre a festa, mas tive alguns contratempos e não deu tempo –. Esse ano, a festa completou 15 anos, com quatro dias de shows, com a vinda ilustre de Ivete Sangalo, Tomate e os já tradicionais Chiclete com Banana e Asa de Águia. Cláudia Leitte também deu as caras, assim como Alexandre Peixe, Banda A Zorra e a inédita banda 5%. Uma festa fantástica.



Digo fantástica, porque, como estou em casa, logo, estou junto dos meus melhores amigos, pessoas que me amam, me aturam e puxam minha orelha se for muito preciso (eu sei que já disse mais ou menos isso no começo do texto, mas vale a pena destacar de novo). Então, com certeza do lado delas, é diversão na certa.
Tudo começou na quinta, 29 de outubro. Abadás na mão, bora escolher um modelo para costurar. Claro, como uma amiga de São Paulo já disse, tivemos que “sensualizar” e levei isso para Minas também. Modelos perfeitamente feitos, então, era só aguardar para o começo da festa de verdade.

No primeiro dia, fizemos compras para os quatro dias de bebidas e afins. Comecei a beber cedo, porque a animação era tanta, adrenalina a mil, que eu queria manter essa animação durante o dia e a noite toda.

Primeiro show: Chiclete com Banana. Bel Marques, como sempre, muito simpático com a galera, animou muito, tocando sucessos da banda e deixando as batatas das minhas pernas já doloridas de tanto pular atrás do trio da banda. Sem noção, queria ficar lá pra sempre pulando me divertindo, reencontrando com a galera, vendo os caras chegando e chegando mesmo, a gente dando empurrões, não ficando com os feios, olhando para os bonitinhos (e o resto eu não preciso escrever mais, né?).

Segundo show: Banda 5%. Não pude ficar até o final, porque tinha um casamento às 10h30 da manhã seguinte e precisava pelo menos tirar um cochilo para entrar no altar – fui madrinha – e ainda ter a surpresa de ler um pequeno texto durante a cerimônia. Pelo menos peguei a primeira parte do show, que foi muito divertida. A galera estava muito animada, eu não parava de rir um minuto.


Segundo dia: casamento do meu irmão + festa do casamento do meu irmão + show de Ivete Sangalo + A Zorra. Ok, não preciso dizer como fiquei, pois não dormi o dia todo. No show de Ivete Sangalo, quando ela disse “Estou em Alfenas porraaaa”, juro que eu me arrepiei. Além disso, ela fez uma sequência de músicas da época que ela era vocalista da Banda Eva, que meu Deus, se eu pudesse voltar nesse momento do show, foi mais ou menos Leva Eu, Levada Louca, Alô Paixão, Eva e mais algumas que agora eu não vou lembrar, pois no meu estado naquele momento, eu só consigo lembrar de que eu pulava muito, mas muito...assim, muito mesmo.

No show da Banda A Zorra, já começou agitado também. Pena que foi até as 5h da manhã, porque o domingão era dia de eleição para o segundo turno, então bebidas e shows acabaram antes do que gostaríamos.

E daí veio o abadá rosa junto com Claudinha Leitte, no domingo. Que show!! E ela, como sempre, simpática com os fãs, mostrando um corpo que me deu inveja e tocou todas as canções de quando era vocal do Babado Novo. Outro show também que se eu pudesse voltar e pular até atrás do trio dela, eu pulava.

Uma observação: quando eu digo atrás do trio é LITERALMENTE atrás dele. As fotos que vou postar comprovam isso, vocês vão ver.

Ok, depois veio Alexandre Peixe. O cara tocou até para lá das 8 da manhã. Eu acabei indo embora mais cedo, porque eu precisava descansar para os shows que eu mais amo no mundo, que aconteceram no último dia.

Segunda, véspera de feriado, em que eles resolveram fazer da maneira correta essa festa, começando na sexta e acabando na segunda, para, pelo menos na terça, termos um dia de descanso e aí sim voltar para a realidade. Ainda bem, porque voltei quase sem minhas pernas – não, não me meti em briga, foi de tanto pular mesmo -. Asa de Águia, seguido de Tomate...é pra matar qualquer uma do coração, Durvalino meu rei e depois do GOS-TO-SO do Tomate (ai desculpem o desabafo, mas é verdade, vai ser bom lá longe).




Bom, de volta ao que interessa, sou fã de Durval Lelys e assumo: AMO Asa de Águia desde não sei quando pra ser sincera. Durval é uma pessoa encantadora, fora que ama o carnaval e sempre inova com seus personagens e músicas pra lá de engraçadas. Eu também fui para atrás do trio dele, me diverti horrores, pulei, berrei, fiquei sem voz, brinquei e tudo mais que vocês possam imaginar. Eles tocaram todas as clássicas da banda: Com Amor, Bota Pra Ferver, Simbora, Dança da Manivela, a nova Vale Night e por aí vai!

Daí veio o show de Tomate. Eu lembro que na hora, estavam guardando o trio do Asa e vi que Durval observava o cantor começando seu show e ele estava com uma cara de “esse show vai ser f*#@”. E foi...sim foi, até não sei que horas da manhã...e eu fiquei até a última música, até ele dizer “Gente, eu não aguento mais, por mim ficava aqui o dia inteiro, mas eu não posso mais”. Ele tocou as melhores músicas dele e também de quando comandava Rapazolla. 

Além desses shows, tivemos as presenças de Rogério Flausino, Wilson Sideral e Flávio Landau. Os irmãos, que são alfenenses, tocaram um bom tempo ao lado de Tomate, e Rogério foi convidado de Ivete Sangalo, cantando algumas canções do Jota Quest ao lado do Furacão. Foi legal vê-los no Carnalfenas. Pelo que me lembre, acho que foi a primeira vez que eles marcaram presença de verdade na festa.

A única observação que faço é que senti muito a falta de Banda Eva e Banda Cheiro de Amor. São outros dois grupos que poderiam estar nesta comemoração. Não sei se eles gastaram mais levanto Ivete ou se quiseram investir em estrutura, pois o tema do camarote esse ano era Bahia e tinha comida típica e até roda de capoeira. Mas acho que, mesmo essa festa ter sido perfeita, se essas duas bandas também fossem, seria muito além do perfeito.

Cantadas idiotas, porém, engraçadas

Nayara, Deise e Adriana, me perdoem, mas não posso deixar de falar a respeito disso! As cantadas que nós mulheres brincávamos com alguns caras (alguns eram nossos amigos, outros não, mas as risadas eram garantidas).

Ok, a primeira delas que eu escutei há muitas micaretas atrás: “Você gosta de brigadeiro?...E de beijinho?”

E daí veio uma nova... “Vou começar a almoçar e jantar ímãs...pra te atrair ainda mais pra perto de mim”

E melhor de todas e inventada nesse Carnalfenas: “Você gosta de água? Então você tem 70% do meu corpo” (pra não falar “então você tem 70% do corpo...DELA, né Nayara hahahaha).

Gente, eu sei que são bobas, mas na hora da festa, que você está bêbado e fala isso, eu dava muita risada. É sem noção...e pior que há muito mais, mas eu só consigo me lembrar dessas agora.

Voltando...

Passado o momento besta do texto, vocês devem estar esperando eu falar da pegação, algo normal em micaretas. Já disse tudo...é algo normal em micaretas. Encontros e desencontros muito bons, claro.

Eu só tenho elogios para essa festa. Não tem como. Eu gosto disso, nunca escondi isso e não sei se terei pique para ir no ano que vem. Tudo bem que falo isso agora, porque quando chega a época da festa, não tem como não ir ou, caso não possa ir por X, Y e Z motivos, pelo menos a vontade de ir passa por sua cabeça.

É aquela coisa: se você vai pela primeira vez, vai querer voltar. Se já foi muitas vezes, como eu disse, a vontade de ir vai passar perto de você, com certeza. E, claro que vou fechar com o glorioso verso de Caetano Veloso, porque ele resume tudo isso e mais um pouco: “Atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu”.

 Eu não fiz muitos vídeos, mas fotos é o que mais tenho...e seguem mais algumas aí embaixo para vocês terem uma ideia dessa loucura!

                                                              Éééé tá achando que é  fácil?

                                                                      Micareteiros...



 A galera que fez a diferença!

                                                             Amor de primo é assim!




                                             As duas que me colocaram nessa loucura!





                                                             Até o último minuto!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"Verdades, no mentiras..."

“Are You Ready São Paulo?” – Foi com essa frase que David Guetta abriu o show do quarteto Black Eyed Peas, em 4 de novembro de 2010. Quando eu fiquei sabendo que eles viriam ao Brasil, já fiquei doida pra comprar o ingresso. E quando confirmaram que David Guetta abriria o show em São Paulo, comprei na hora. E por muita coincidência, eu cheguei ao Morumbi e foi o tempo de eu encontrar um lugar para sentar e aguardar pelo show – comprei arquibancada – e David Guetta começou, para a minha alegria.

Sempre gostei de Black Eyed Peas. Desde Where Is The Love e Let’s Get Retarded, eu acompanho a trajetória da banda, até mesmo quando eles deram um tempo e se dedicaram a carreira solo. Bom, tive a honra e a alegria de conferir The E.N.D World Tour e não me arrependo de nenhum centavo que gastei.

David Guetta já começou com uma surpresa para os fãs. Além de dizer que ama o Brasil, que se sente muito bem no país, ele destacou que “teremos muitas surpresas hoje”. E tivemos. Começando com Gettin’Over You, Fergie deu as caras cantando e levando a galera ao delírio. Linda, gostosa e com aquele vozeirão, ela já mostrou que a noite seria fantástica. Depois de sua apresentação, a cantora ainda brincou “Nos vemos mais tarde”.

O DJ francês ainda fez confissões pelo amor que sente pelo Brasil: “Toda veze saio em turnê e venho ao Brasil, digo: aqui é o meu lugar”, arrancando gritos da multidão que lotou o Estádio do Morumbi. No set list ainda estavam When Love Takes Over, One, Love is Gone, The World Is Mine e Memories, novo single do DJ, parceria feita com Kid Cudi. Ele também apresentou uma nova canção realizada ao lado de Rihanna Who's that chick. Então, ele começou a falar a respeito das mulheres brasileiras, que são lindas e sexys. E veio a música Sexy Bitch, que conta com a participação de Akon, que apareceu para cantar junto com o DJ e finalizar seu show.

Juro que fiquei maluca e gritei horrores, porque ninguém esperava que ele entrasse, pois é típico de David Guetta ter participações em todas as suas músicas e todos achavam que não seria diferente. Akon foi até a frente do palco, onde tinha uma passarela e brincou muito com o público, fechando a apresentação com chave de ouro.

David Guetta começou seu show às 20h, tocando até as 21h30. Apenas meia hora depois, com pouquíssimos minutos de atraso (ou se atrasaram muito eu não lembro, porque podia atrasar o tempo que fosse que eu continuaria lá esperando pelo show), é que apareceu um projeto de robô no telão mostrando que tudo estava preparado para o show, com todos os instrumentos afinados (o vídeo da abertura segue abaixo para vocês assistirem).

E então, cada um – Will.I.Am, Taboo, Fergie e App.de.Ap – foi surgindo de debaixo do palco, com aquele jogo de luzes, roupas futuristas e já começaram com uma antiga: Let’s Get Retarded, seguida de Meet Me Halfway (uma das mais fantásticas do grupo). E então um piano surge no palco de Will.I.Am dá os primeiros acordes de Alive (do último disco The E.N.D.), dizendo entre os versos que estava em São Paulo e que ama a cidade. Esse era só a prévia da engraçadíssima Don’t Phunk With My Heart.

Após essa canção a primeira frase de Will.I.Am para o público presente (mais de 50 mil pessoas) foi “Eu amo o Brasil e quero viver aqui”. Eu fico impressionada com o amor deles pelo país. Ele até arriscou um “Chove chuva, chove sem parar”, música de Jorge Ben Jor, o que foi muito legal. Além disso, ele soltou as palavras “lindas”, “gostosas” diversas vezes durante o show.

E eis que vem outra canção muito legal: Imma Be e eles até tocaram Hey Mama (do disco Elephunk), passando por Mas Que Nada – com a entrada de passistas de escolas de samba, com coreografia e tudo – e aí vem a canção mais linda no último disco, The E.N.D: Missing You, cantada por Fergie, Will.I.Am e Taboo que fecharam a primeira parte da apresentação.

Shows a parte

App.de.Ap não participa de Missing You, porque ele é o primeiro dos quatro a fazer uma apresentação solo no palco. Muito empolgado, fez diversas performances com os dançarinos da banda e mostrou sua animação entre pulos, danças e muita conversa com o público.

Em seguida, vem Taboo (nossa, o Taboo e aquele corpo que...bom, deixa pra lá). Ele já entrou dizendo que as mulheres brasileiras são as mais lindas, falando do requebrado e transformou o palco em uma pista de dança, como se fosse uma balada. E houve até a aparição do cantor colombiano Juanes no telão, onde os dois já fizeram diversas parcerias em algumas músicas. E Taboo cantou uma dessas produções, mas eu não me recordo o nome agora.

E eis que Fergie aparece tocando canções da carreira solo. Começou com Fergalicious, seguida por Glamorous, onde soltou seu vozeirão, e fechando com Big Girls Don’t Cry.

Foi então que a melhor parte do show (na minha opinião) veio. Will.I.Am surge usando uma armadura totalmente futurista, cheia de luzes, com uma máscara e ele se transformou em um DJ, fazendo um incrível show a parte. Tocou trechos de diversas músicas, desde OMG (de sua parceria com Usher - até achei que ele poderia fazer uma surpresa como Akon fez, mas não foi dessa vez), Marlyn Manson (Sweet Dream), passando por Red Hot Chilli Pepers (Otherside) e, claro, tinha que tocar o comecinho de Sweet Child O’Mine, do Guns N’Roses.

Quarteto de volta

Para a volta triunfal dos quatro integrantes, eles começaram com a animada Pump it, seguida de Don’t Lie, Shut Up e a fantástica Where Is The Love. Durante a apresentação dessa última canção, Will.I.Am começou a dizer muitas frases em português, entre elas “O Brasil é Sangue Bom”, “Verdade no mentiras”. (essa última ele dizia toda hora, acho que ele gostou, esclarecendo que o que ele falava sobre o país era verdade e não mentira).

Taboo confessou que o show de São Paulo foi o melhor. Will.I.Am chegou a dizer o nome das oito cidades por onde passaram antes de chegar a São Paulo. Ao fim dessa canção, Will.I.Am começou com “Para pa pa pa”, o funk Morro do Dendê (aquele do Tropa de Elite).

Ele também brincou que vai comprar um apartamento no Rio de Janeiro e elogiou o país, comparando com a vez que a banda veio há cinco anos e agora. Disse que ficou feliz quando soube que o país será sede da Copa do Mundo. Como falei, fico impressionada com o amor que eles sentem pelo Brasil. Nunca vi algo igual.

E o Bis ficou por conta do comecinho de Party All The Time, e veio Boom Boom Pow – quando eles começaram a falar que gostam de feijoada, caipirinha...Will.I.Am também falou que adora Jorge Ben Jor e Tom Jobim – e fecharam com I Gotta Feeling, com a apresentação de toda a banda e dançarinos.

Eu só tenho elogios para esse show que durou cerca de duas horas. Adoro Black Eyed Peas e espero que eles voltem mais vezes ao Brasil, porque eles têm um respeito muito grande pelos fãs, gostam de tudo aqui e pelo visto Will.I.Am vai mesmo comprar um apartamento no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Belo Horizonte...

As fotos e os vídeos não ficaram láááá aquela coisa, porque eu fiquei bem longe deles, mas dá pra ter uma noção de como foi tudo perfeito! Fora que a bateria da minha câmera não colaborou muito e acabou antes do tempo...

David Guetta feat Fergie Gettin’Over You



Abertura do show – Let’s Get Retarded



Imma Be









sábado, 23 de outubro de 2010

Em paz, eu digo que eu sou...


Sempre fui apaixonada por Skank. Quando ouvi Te Ver pela primeira vez, em um CD que tinha uma foto engraçada de um homem na capa, cheio de acessórios estranhos e engraçados – fora que o disco era do meu irmão e eu roubava dele para escutar -, adorei a batida da canção, o estilo meio reggae, meio pop, meio rock da banda de Samuel Rosa.

Formada no comecinho da década de 90, o Skank já lançou 11 discos e sempre emplaca sucessos em cada um. O primeiro, de forma independente, levou o nome da banda. O segundo, Calango (que é esse do cara engraçado na capa), é o que tem as músicas que precisam estar no set list da banda em qualquer show. Jackie Tequila, Esmola, O Beijo e a Reza, a já citada Te Ver, É proibido fumar e Pacato Cidadão.
 
E praticamente todas elas estão no último DVD gravado pelo quarteto, formado por Samuel Rosa, Lelo Zaneti, Henrique Portugal e Haroldo Ferreti. Multishow ao vivo – Skank no Mineirão foi lançado no último mês, e claro, mal chegou às lojas, eu já tinha comprado pela internet (a desesperada). Com 30 canções no repertório escolhido pelos fãs, por meio do site oficial da banda, se você quer uma coletânea com todas – sim TODAS – as melhores canções deles, é só adquirir esse trabalho, que ficou sensacional.

Cheio de jogo de luzes, a abertura do DVD não é exatamente com a banda, mas sim com cenas do documentário Belo Horizonte, de 1949, em que mostra os principais pontos turísticos da capital, com a canção que leva o mesmo nome da cidade, do cantor norte-americano Dick Vale.

Após a apresentação, a banda subiu ao palco ao som de Renascença (do disco Estandarte), somente instrumental e já começam com Mil Acasos, seguido de Um Mais Um, É Uma Partida de Futebol em um pout pourri com Esmola (o mesmo que fizeram no MTV Ao Vivo Em Ouro Preto). E, depois de levantar a galera, já vem a batidinha de Pacato Cidadão. Até aí, já estava amando o DVD.

Claro que o show ficaria ainda mais incrível: Uma Canção é Pra Isso, É Proibido Fumar, a inédita Presença (mais uma das muitas canções de Samuel Rosa e Nando Reis), Amores Imperfeitos e Ainda Gosto Dela (com a participação – e única – de Negra Li, que ainda continuou um pouco mais para pedir para as 50 mil pessoas presentes que voltassem a cantar o refrão desta música).

E então veio o último hit lançado pela banda, Noites De Um Verão Qualquer, cujo videoclipe eu já cheguei a comentar aqui que é fantástico, com uma produção perfeita, digno da premiação da MTV, em que perderam para a happy rock Restart (mas, tudo bem, só um desabafo de alguém que curte videoclipes e consegue diferenciar as produções).

Voltando ao assunto principal, quando Samuel deixa a guitarra de lado, chega até o microfone e diz “Uma velha conhecida de vocês. Aí vem ela. Estou falando de Jackeline Tequila”. Foi demais a imagem da galera gritando e cantando junto com o grupo.

Depois da brincadeira com o público, vem a parte romântica do show da banda: Balada do Amor Inabalável, Acima do Sol (uma das canções mais perfeitas), a segunda inédita da noite, De Repente (também assinada por Samuel e Nando Reis), e Três Lados.

Foi então que intercalaram as músicas agitadas da banda com as românticas, começando por Vou Deixar, Garota Nacional, passando por Sutilmente, Vamos Fugir, Saideira e ela, a canção mais linda e perfeita, composição de Samuel Rosa e Nando Reis (pra variar), Resposta. Eu tenho um amor por essa música que não tem explicação. Letra, melodia, tudo. Amo e ponto.

Fora que ainda passaram Te Ver, Tanto e O Beijo e a Reza, do disco Calango; Ali e Canção Noturna, de Maquinarama; Dois Rios, de Radiola, fechando com chave de ouro: Tão Seu, do O Samba do Poconé. Entra uma canção e toda, durante todo o DVD, há brincadeiras, conversas, muito jogo de luzes, mas não vou contar detalhes, porque perde a graça. Ainda há o making off e três videoclipes (Uma Canção é Pra Isso, Sutilmente e Noites de Um Verão Qualquer), nos extras.

Gosto da banda, já fui a diversos shows deles e me divirto em todas. O estilo, as canções e até mesmo a forma como eles se comunicam com o público é muito legal. Não porque são mineiros, mas porque tocam uma música legal, as composições são boas, outras engraçadas, mas que não saem da boca do público e até mesmo quem não curte tanto a banda, conhece alguma canção dela. Fora que são uma das poucas bandas brasileiras que permanece com a mesma formação desde a formação (que foi em 1991 exatamente, ano que vem completam 20 anos de carreira).  Sou fã, assumo e recomendo o DVD para ouvir, ver, rever e por aí vai!

Como de costume, abaixo estão alguns vídeos de canções da banda que eu gosto (eu até colocaria mais, mas ia ficar muito extenso ou até não acabaria rsrs). Nenhum dos vídeos é do novo DVD, são dos anteriores.

Resposta (claro que seria a primeira rs)



Acima do sol



Canção Noturna



Te Ver

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Hey, man I'm alive..."


Quando dizem que a primeira vez para qualquer coisa a gente nunca esquece, é a mais pura verdade. E presenciei algo assim na última quarta (6 de outubro), quando fui ao show do Bon Jovi, no Morumbi, aqui em São Paulo. Comecei a curtir a banda, quando eles vieram ao Brasil há 15 anos e algumas canções de sucesso da banda fizeram parte de trilhas de novelas nacionais e, aos poucos, fui gostando mais e mais do estilo do quarteto (e também do charme de Jon Bon Jovi, que vamos falar a verdade: que homem é esse? rsrs).

Mas, voltando ao assunto principal, eu cheguei ao estádio mais ou menos às 17h e já havia um trânsito absurdo e a pista lotada. O show estava previsto para começar às 21h. Fiquei assustada com a quantidade de gente que estava naquele lugar. Foram 60 mil pessoas pulando e cantando todas as canções escolhidas para o The Circle Tour, a turnê que marcou o retorno da banda à América Latina, depois desses 15 anos.

Eu participei da coletiva de imprensa e, tirando algumas perguntas idiotas, algumas foram a respeito do quanto a banda amadureceu e o que ela faz para manter o sucesso. A resposta do guitarrista Richie Sambora foi simples “nós gostamos de fazer música, então a fazemos com vontade e sempre pensamos no que nossos fãs querem e o quanto vão gostar”. Mas de um jeito engraçado, típico dele, que foi bastante carismático.

Quando outro repórter fez o tradicional comentário sobre a rivalidade entre Brasil x Argentina – sendo que a banda se apresentou dias antes em Buenos Aires, com três horas de show –, ele quis saber se eles fariam um show com maior tempo de duração aqui. Outra resposta objetiva, mas agora de Jon Bon Jovi: “A duração do show só dependerá do público”. Bom, fizemos por merecer, porque também foram três horas de muita música, que deixou um gosto enorme de quero mais.

Show de abertura

A abertura ficou por conta da Fresno, que entrou vaiada pelo público e saiu pouco aplaudida, mas ainda vaiada, pelo fato dos fãs não terem aceitado que eles abrissem um show do porte de Bon Jovi. Escutei muitos falando que não se conformavam pela escolha, pois os públicos de ambas as bandas são completamente diferentes. Acredito que quem gosta de Fresno, pode gostar de Bon Jovi, mas o contrário, parece impossível.

O show


Quando as luzes se apagaram e o telão começou a exibir diversas palavras como Love, Life ou Hope, a multidão foi ao delírio com a entrada de todos os integrantes, tocando Blood On blood (New Jersey - 1988), seguida de We Weren’t Born To Follow, do último álbum. Já na terceira música, não tinha como não berrar, gritar, espernear e ficar feliz por ela estar no set list: You Gave Love A Bad Name. Claro que eles não iam deixar de fora Runaway, que é uma clássica da banda, do primeiro disco Bon Jovi, lançado em 1984.

Quando todos viram que a próxima canção era Lay Your Hands On Me, foi fantástico ver a alegria de todos (e a minha também, claro). O melhor de tudo foi que Jon deu espaço para Ricchie Sambora que, além de ser um excelente guitarrista, soltou o vozeirão, brincando com o público.

Entre reboladinhas de Jon, que arrancava gritos de todas (inclusive meus), piscadinhas para as fãs e aquele olhar 43 meio assim de lado, fomos surpreendidos mais uma vez quando, no meio de Bad Medicine, o vocalista chamou o também guitarrista Bobby Bandiera à frente do palco e pediu para que ele amenizasse os ânimos naquele momento, pois todos estavam muito “quentes”. E eis que me vêm os primeiros acordes de Pretty Woman (sim, aquela canção de Uma Linda Mulher, de Julia Roberts). Foi inesperado e a banda foi a fundo e a cantou inteira.

Não tem como dizer que tal canção foi o melhor momento do show, porque todas fizeram dele muito bom em cada minuto, cada brincadeira dos músicos com o público, cada início de canção que surpreendia a todos, pois era “A” música. As canções que me fizeram arrepiar com o coro foram mesmo Blaze Of Glory, I’ll Be Ther For You (que eu confesso que chorei, claro), Always e Bed Of Roses. Esta última, tocada depois do bis, quando todos gritavam para a banda tocar mais uma e o quarteto fechou uma rodinha no estilo “vamos voltar e vamos tocar...”. E voltaram com tudo, fechando com chave de ouro.

O bis ficou por conta de These Days, Someday I’ll be Saturday Night (nesta, eu quase quebreis minhas pernas, de tanto que eu pulei, pois sou apaixonada por essa música) e Livin’ on a Prayer. Nesta última, a banda exibiu no telão vídeos enviados por fãs, que a dublavam, interpretavam e até faziam performances durante a música.

Um show de uma banda que tem história, conteúdo, currículo, um vocalista lindo e, claro, toca música de verdade, com letras fantásticas, que falam de amor, amizade e até cotidiano. Valeu a pena cada segundo, cada canção. Sem mais.

Abaixo o set list completo do show no Estádio do Morumbi e seu respectivo álbum:

Blood On Blood (New Jersey)
We Weren’t Born To Follow (The Circle)
You Gave Love A Bad Name (Slippery When Wet)
Born To Be My Baby (New Jersey)
Lost Highway (Lost Highway)
Superman Tonight (The Circle)
In These Arms (Keep The Faith)
Captain Crash (Crush)
When We Were Beautiful (The Circle)
Runaway (Bon Jovi)
We Got It Going on (Lost Highway)
It’s My Life (Crush)
Bad Medicine (News Jersey)/Pretty Woman
Lay Your Hands On Me (Cross Roads)
Alaways (Cross Roads)
Blaze Of Glory (Cross Roads)
I’ll Be There For You (New Jersey)
Have A Nice Day (Have A Nice Day)
Sleep When I’M Dead (Keep The Faith)
Work Of The Working Man (The Circle)
Who Says You Cant’ Go Home (Have A Nice Day)
Keep The Faith (Keep The Faith)
Bis
Wanted Dead Or Alive (Cross Roads)
These Days (These Days)
Someday I’ll be Saturday Night (Cross Roads)
Livin’ on a Prayer (Slippery When Wet)
Final
Bed Of Roses (Keep The Faith)

Eu postei abaixo três vídeos. O primeiro é de uma pequena parte da abertura, o trecho inicial de These Days e praticamente toda Blaze Of Glory. Queria ter feito mais filmes, mas a bateria da minha câmera não colaborou muito. Mas consegui tirar muitas, mas muitas fotos que também seguem após os vídeos!

Abertura


These Days



Blaze Of Glory










quinta-feira, 30 de setembro de 2010

"Axé Mineirão"

 
Micareteira assumida (apesar de que há algum tempo que não vou a uma, mas por causa dos meus trabalhos), comprei o novo DVD da Banda Cheiro de Amor, Axé Mineirão. Só pelo fato de terem gravado em dois anos seguidos (2008 e 2009) no Axé Brasil, micareta que acontece no principal palco futebolístico de Belo Horizonte, o Mineirão, óbvio que eu iria conferir o resultado desta produção. 

Apesar de não ser uma mega produção, comparando com DVDs de Cláudia Leitte e Ivete Sangalo, por exemplo, este trabalho reúne as principais canções de destaque da banda, incluindo duas inéditas (Tô em Água e Xequerê). Além disso, contou com a participação de Toni Garrido, em Onde Você Mora, sucesso gravado pela banda Cidade Negra.

Mas a voz, atitude e presença de palco de Alinne Rosa rouba a cena. Junto com os músicos André Liberato (guitarra), Daniel Bento (sax), Junior Petecão (baixo), Paulo Adachi (teclados), Sérgio Trindade (bateria), Valdir Martins (trompete) e Danilo Faricas e Ricardo Guerra (percussão), a banda agitou os cerca de 60 mil micareteiros que compareceram nos dois anos do Axé Brasil.

Ao todo, são 19 canções dos shows, três videoclipes (Baladeiro, Eu quero e Chama da Paixão) e um “Bônus acústico”, com cinco músicas do DVD anterior, que contaram com a participação de Daniela Mercury, Jorge Vercillo. Bruno Gouveia e Durval Lelys. O show começa com Dias de Sol, seguida da regravação de Esperando na Janela, da banda Catedral, passando por Seu Adeus e Amassadinho, dois dos grandes sucessos da banda, desde que Alinne passou a comandá-la. 

Claro que não podiam faltar as canções de sucesso dos mais de 20 anos de carreira da banda, que já foi comandada por Márcia Freire, Carla Visi até Alinne chegar em 2003 e estar até hoje: Vai Sacudir, Vai Abalar, Canto ao Pescador (uma das canções mais lindas do grupo), Doce Obsessão, Auê e Ficar com Você.

A banda também não deixou de gravar Pense em Mim, a batidinha romântica, que foi lançada no DVD acústico e que fez sucesso. A composição usa até um verso semelhante a um que Shakespeare escreveu “Para estar junto não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro”, na parte “Quem disse que pra estar junto é preciso estar perto?”. Não sei se quem escreveu se baseou no poeta, mas como eu já conhecia este verso, apenas uma comparação filosófica rsrs. 

E óbvio que não podiam faltar as regravações de Não Quero Dinheiro e País Tropical em um medley típico de qualquer micareta e todos cantando juntos com a banda, porém com um arranjo um pouco diferente no começo, meio dance, mas que depois fica agitado, sem fugir do comum. Outro medley foi de We are the world of carnaval e Erva Venenosa (outras duas que também fazem parte do set list de todos os cantores). Completam o repertório: Uma Noite e Meia, Caras e Bocas, Adrenalina, Tudo Mudou de Cor e Lua de São Jorge (outra canção fantástica, que eu adoro, se não me engano já gravada por Jorge Vercillo e Caetano Veloso).

Eu também conversei com a vocalista na semana em que lançaram o DVD em Belo Horizonte. Sim, a Banda Cheiro de Amor gravou e lançou na capital mineira. Não deixei de perguntar a respeito deste amor pelo povo mineiro, não pelo fato de eu ser mineira, mas porque muitas bandas de axé, principalmente as mais conhecidas, sempre lembram de Minas com um carinho que parece diferente. O próprio cantor Tomate gravou uma canção chamada Sou Mineiro. Bom, ela disse que o povo de Belo Horizonte possui um carinho muito imenso pela banda, não que as outras cidades também não o tivessem, mas que lá parece que possui algo diferente e a gravação foi uma forma de agradecimento por este carinho. A matéria completa está aqui.

Como ainda não disponibilizaram muitos vídeos desta gravação, coloquei abaixo alguns com os sucessos da banda (e as que eu mais gosto também, claro!).

Lua de São Jorge essa eu consegui do DVD mesmo




Pense em Mim




Canto Ao Pescador


domingo, 19 de setembro de 2010

Merecido??


 A canção já diz, “tudo muda o tempo todo no mundo”. Ok, mas ao assistir o VMB, premiação de música, que aconteceu na última quinta, 17 de setembro, penso que, não só eu, mas muita gente acredita que os indicados para algumas categorias precisam ser revistos. Não digo que seja para retirar bandas, mas sim criar um equilíbrio, que para mim não houve, entre os concorrentes. Bandas como Restart ou Cine competindo com Skank e Capital Inicial, sendo que as primeiras têm pouquíssimos anos de carreira e as últimas eu nem preciso falar sobre o repertório, currículo e discos, porque acredito que quem gosta de pop ou rock os conhece e sabe bem sobre seus trabalhos.

Não digo apenas ao VMB, mas também a outras premiações da música. Esta mesma banda também ganhou o Prêmio Musltishow de Melhor Música, sendo que competiam com Maria Gadú, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Luan Santana, César Menotti e Fabiano, Ana Carolina, Nx Zero, Skank e Pitty. Foram diversos estilos musicais competindo e eles levaram esta também.

Acredito que as atuais bandas, na verdade as que se denominam happy rock, não criaram música, mas sim uma moda e ela atraiu adolescentes, que buscam gostar de algo e calhou de ser com esses músicos. Eu curto, amo Skank, Capital Inicial, Jota Quest, Titãs e afins, pois, como falei em um outro post, por mais que alguns deles não sejam da minha época, pois nasci quando eles estavam estourando, eu cresci ouvindo, vendo seus trabalhos, os conhecendo e até lendo suas composições para entender o que queriam passar.

Posso estar errada, mas a MTV promove sim praticamente o maior prêmio da música, principalmente agora que se tornaram um canal para a TV aberta em todo o país, o acesso aos programas, conhecer as novas bandas se tornou mais fácil e, com isso, elas puderam chegar mais facilmente até casas de adolescentes de todo o Brasil. Mas Restart ganhar em clipe do ano – um vídeo em que o quarteto simplesmente toca a canção de sucesso em um estúdio -, competindo com uma produção excelentíssima de Noites de um Verão Qualquer do Skank e o marco do retorno de Dinho Ouro Preto, depois de seu acidente, em Depois da Meia Noite, outro clipe que também teve toda uma produção fantástica, foi demais para mim (e acho que para muita gente. Fora que as composições também, estas sim nem tem comparação).


Ok, eles tem uma legião de fãs, cada banda tem a sua, claro, mas acredito que na próxima poderiam então separar os grandes dos pequenos para que os fãs do happy rock votem em seus músicos e os que gostam das bandas mais experientes possam votar a partir de uma análise da produção, figurino e tudo mais. Acho que seria até mais justo. Como escrevi, Restart ou Cine tem pouco tempo de carreira, muito pouco mesmo e acredito que é preciso crescer muito ainda para atingir o nível das grandes bandas de rock brasileiras.

E você deve perguntar: “E essa banda happy rock não fez algo pela música?”. Eu acredito que não. Eles somente criaram uma moda e daqui algum tempo serão ou esquecidos ou terão que mudar o estilo de se vestir – sim de se vestir – para conseguir manter a carreira. Porque todos nós sabemos que a adolescência é uma fase, cheia de novidades e, principalmente, mudanças. Logo, acredito que vá acontecer isso. Porque um garoto, que está começando a carreira agora, e tem cerca de 17 ou 18 anos, dizer que “Somos a salvação do rock, somos os Beatles do ano 2000”, é muita ousadia para meu gosto, querer se comprar com uma banda como esta que, sim e de verdade, revolucionou a música mundial.

E aí vem a questão: eles também não estão revolucionando o rock? Não. Eles não trazem nada de novo para a música, somente – de novo bato nesta tecla – a moda do colorido, porque para a música, eu ainda não vi nada de diferente, nem composições e muito menos melodias. Ok, não sou a expert em música, mas escuto canções de bandas o suficiente para saber o que estou escrevendo.

Acho que o critério de votação poderia sim ser aberto ao público, mas também ter um júri técnico, gente especializada mesmo em música. Não estou criticando a premiação e nem dizendo que é pior ou melhor que as outras, pois é sim uma oportunidade de mostrar bandas novas, tanto que existem as categorias revelação e aposta. Estas sim mostram o que há de novo na música e na programação da emissora. Agora é aguardar as próximas premiações e ver se as bandas happy rock ainda podem trazer algo de novo para a música (ou não).

Abaixo, os clipes que eu citei do Capital Inicial e Skank, que competiram com a da banda Restart (também coloquei o video deles):

Capital Inicial - Depois da Meia Noite



Eu não consegui a incorporação do video de Noites de Um Verão Qualquer, do Skank. Então, se quiser assistí-lo, clique aqui e o veja completinho!

Restart - Levo Comigo

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Amor à distância



Resolvi esquecer do mundo em um cinema e mais uma vez fui assistir a uma comédia romântica. Tudo bem, parece aquela mesma história de duas pessoas que se apaixonam e que vivem coisas engraçadas durante seu romance, com brigas até ter um final feliz. Realmente é isso, mas a forma como a trama de Amor à Distância é contada, não sei, me encantou, muito mais do que as últimas comédias nas quais assisti.

Resumindo, o filme conta a história de um casal que vive um romance à distância, mas que tentam, perante aos ciúmes e à tolerância a algo chamado confiança, manter seu relacionamento. No começo eu achava que seria uma porcaria de filme, pelo fato de ser mais uma comédia, mais um romance, mas, no decorrer do longa, mudei de ideia.

Para quem conhece alguns trabalhos de Drew Barrymore, como em As Panteras e Como se Fosse A Primeira Vez (o filme mais fofo que já assisti na vida), sabe que ela é boa para comédia. Justin Long, na verdade, eu não me lembro de nenhum filme que ele tenha feito, mas a química entre os dois foi perfeita – tanto que assumiram o namoro na vida real.

A forma como Erin (Drew) e Garrett (Justin) se conhecem em Nova York – em um bar, em meio a um término de namoro e a uma matéria em um jornal não aceita – já foi engraçada. Uma jornalista, que acabou de finalizar um estágio de verão em um jornal nova-iorquino, mas que não conseguiu ser efetivada, e um caça-talentos insatisfeito com o trabalho, pois nenhuma das bandas que ele acha válido investir é aceita pelo seu chefe que, na realidade, deseja encontrar uma outra versão dos Jonas Brothers.

No início, parece até que será mais uma noite e pronto entre eles, mas acabam se envolvendo ainda mais e, quando Erin precisa voltar para sua casa em São Francisco (literalmente a outra ponta do mapa), eles resolvem investir de verdade na relação e manter o namoro à distância. E eles meio que são amigos/amantes/tudo de bom de um casal. Aquela coisa de “a base de um relacionamento é ter o diálogo e saber confiar”...é isso mesmo que eles mostram e tentam fazer com que aconteça.

As cenas em que os dois passeiam e brincam são aquelas que, principalmente as mulheres ficam pensando “bem que poderia acontecer comigo um dia”. Eu posso estar errada, mas o enquadramento da câmera ao mostrar estas cenas parecia algo amador, meio que uma pessoa viu um casal feliz e resolveu filmá-lo (se não entendeu, só assistindo para ver, as cenas em que eles estão na praia).

Os protagonistas conseguiam prender a atenção do público e, quando menos se esperava, vem alguma piada engraçada ou alguma cena diferente, mas que arrancava gargalhadas de quem estava na sala. Fora que os antagonistas também chamavam a atenção não só por suas atitudes, mas também por sua maneira de falar, principalmente a irmã de Erin, interpretada por Christina Applegate. Ela é sistemática e tem uma forma engraçada de fazer sua filha pequena parar de aprontar ou gritar.

Não sou a melhor crítica de filmes, porém, por mais que tenha gostado da produção, não vou dizer que é a melhor comédia romântica que já assisti, porque ainda não sei dizer qual, de todas que eu já vi, é a melhor (nem sei se pode mesmo existir A melhor). Tudo bem, que tudo o que acontece neste filme, você para e pensa “é só em filme mesmo”, mas este casal, mesmo com todos os problemas de um namoro à distância, mostrou que pode ser normal, em frente a um mundo cheio de pessoas malucas e estressadas com tudo (filosófico, não? rsrs).

Abaixo o trailer para vocês conferirem:

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não era do meu tempo, mas se tornou...

Estava conversando com duas amigas em um bar neste fim de semana, quando colocaram músicas e, no repertório, estava Engenheiros do Hawaii. Quando disse que adoro essa banda e que conheço várias músicas deles, uma delas me disse “Nossa, mas isso não é da sua época!”. Realmente, não é, mas meu irmão e minha irmã (ambos mais velhos) sempre gostaram de bandas como Titãs, Engenheiros, Paralamas, Legião, RPM, Capital e eu meio que cresci escutando estas bandas.

Tanto que eu ouvia a letra de Faroeste Caboclo, de Renato Russo, e tentei passá-la inteira para o papel. Bom, por que estou tocando neste assunto? Porque acredito que a década de 80 foi quando as melhores bandas de rock surgiram no Brasil. Tanto pela letra, quanto por levar a sério o estilo: rock. Tudo bem que naquela época eu não entendia nada direito, porque com 7 ou 8 anos, eu escutava as canções com meus irmãos, mas não compreendia quase que nada e só fui entender muitos anos depois, claro, quando peguei para ler de verdade algumas composições e lembrei da época em que foram escritas.

Posso estar errada, não sou a expert em música, mas comparando o que há de bandas hoje com as que citei no começo do texto, acho que não há nem como comparar, porque é tudo muito diferente. Emo, Happy Rock, não sei se isso são novos estilos de moda, porque usam roupas digamos que “diferentes” ou que chamam mais a atenção dos adolescentes, que se vestem iguais a eles. Só sei que não curto o atual rock...tudo bem que Nx Zero amadureceu bastante desde o início da carreira e a banda está com algumas músicas muito boas. Charlie Brown Jr. voltou com tudo em Só os loucos sabem, mais acústico, mas a letra é fantástica, e o estilo de Chorão está 100% na música.

Se pegarmos algumas letras da banda Capital Inicial e até mesmo as composições de Humberto Gessinger, vocalista do Engenheiros, algumas falam da realidade, outras são poesia pura. Tudo bem que das que citei acima, somente Titãs, Paralamas e Capital continuam 100% na ativa, com novos trabalhos e tudo mais. Dizem que Engenheiros voltará em 2011. Tomara que sim.

Abaixo algumas canções do Engenheiros que eu gosto muito e também das bandas Capital Inicial, Titãs e Paralamas do Sucesso. Peguei dos discos acústicos ou até mesmo de novos trabalhos que eles já lançaram com os principais sucessos. Tudo bem, que todas já foram regravadas em outras edições e outros trabalhos de cada banda. Mas, acho que, mesmo se eles não fizessem isso, eu as conheceria do mesmo jeito, graças aos meus irmãos. Acho que estou bem nostálgica esta semana! rsrs

Dom Quixote – Engenheiros do Hawaii



Pra ser sincero (outra muito, mas muito boa do Engenheiros…só o primeiro verso dela já diz tanta coisa!)



Veraneio Vascaína – é da época do Aborto Elétrico, mas é uma música bem legal também



Marvin – Titãs (essa não preciso falar nada)



Meu Erro – Paralamas do Sucesso – eu queria a versão com a banda Titãs, mas a incorporação estava bloqueada. Então, se quiser ouvir esta, clique aqui. A que está abaixo é a versão acústica que a banda contou com a participação de Zizi Possi.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Zumalaica


Quem me segue no twitter já deve ter lido, algumas vezes, a respeito de eu ter gostado muito do último DVD lançado pela Banda Eva, Lugar da Alegria, em 2010. Não por menos, Saulo Fernandes fez uma linda produção, gravando um DVD de estúdio, diferente do último ao vivo, Veja Alto, Ouça Colorido (2007), feito com palco e uma galera animada que pulava e cantava em todas as canções.

Na época em que gravava o DVD, eu cheguei a fazer uma entrevista com Saulo e ele contou sobre a escolha de estúdio ao invés do ao vivo. Ele disse que das 19 canções, 18 são inéditas - somente a gravada com Carlinhos Brown, Mares de Ti, veio do disco Alfagamabetização, do músico -. Além disso, ele também disse que a banda vinha de uma sequência de três discos ao vivo e eles queriam ter um cuidado maior com a música, com o som, algo que existe sim em um disco ao vivo, mas não com tanta intensidade quanto que em um de estúdio. Eles usaram um sítio próximo a Salvador e o Castelo Garcia D’Avila, que fica na Praia do Forte, como palcos para a gravação.

O papo com Saulo foi muito legal, pois ele falou também das participações que a banda teve com esta produção. Além de Carlinhos Brown, estão Margareth Menezes, Tatau e o vocalista da banda Na Forma da Lei, Ninha, focando muito nas raízes da música africana, com “um ‘que’ de afirmação negra”, como ele mesmo disse. Na canção Sinais, que conta com Margareth Menezes, o som começa com um berimbau, seguido do atabaque e depois pandeiro, como se iniciasse uma roda de capoeira. Melodia e letra perfeitas.

O que comprova esse “que” de afirmação negra é que há um personagem chamado Zumalaica, que está no clipe Rua 15 (o vídeo está abaixo para vocês assistirem e é ele na foto que abre o texto) e, em algumas canções do novo trabalho, ele aparece, como se elas contassem suas história e falassem de suas raízes. Entre elas estão Rua do Sossego, Oxente Balance e Que Batuque é Esse.

Quem me conhece sabe que sou micareteira e gosto muito de ir a shows e afins. Mas esse DVD da Banda Eva foi muito bem feito, com letras lindas e melodias melhores ainda. Não é aquele “axezão” que estamos acostumados a escutar nos shows. Há sim as canções mais agitadas com a que conta com a participação de Tatau – que possui uma das vozes mais lindas, na minha opinião. Ele não desafina e muito menos faz esforço para cantar, é encantadora – em Velocidade Luz, e de Ninha, em Tudo Certo na Bahia.

Mas outras como Anjo Bem, Lugar da Alegria, Encontro Marcado, Tão Sonhada e Nada lhe é Proibido, têm um toque mais leve e algumas são até mais voltadas para o reggae como Como Um Abraço e Mar Sem Fim.

Abaixo coloquei alguns vídeos das músicas que mais gostei no DVD (tudo bem que adorei todas, mas sempre há aquelas em que você coloca no repeat e não cansa de escutar). E o da Rua 15 também está abaixo.

Rua 15



Lugar da Alegria



Sinais (com Margareth Menezes)



Velocidade Luz (com Tatau)



E caso queira ver a entrevista com Saulo, clique aqui e a veja completinha!
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