segunda-feira, 5 de abril de 2010

A volta que quase não foi...


É...ultimamente viajar em feriado não está tão agradável. Quando vou pra Minas, eu pego um trecho da Fernão Dias até a cidade de Pouso Alegre. Nesse feriado de páscoa, eu fui de ônibus na quinta de madrugada. Não curto muito viajar nesse horário, mas não tive escolha, porque um trecho da Fernão está interditado graças às chuvas que quase derrubaram uma parte da estrada perto de Mairiporã.

Então as empresas de ônibus que passam por essa rodovia, pegam a Dutra, entram na D. Pedro e vão no sentido de Atibaia, onde pegam a Fernão Dias, que já não está mais interditada a partir desse trecho. Os carros fazem outros desvios. Há um que vai por Caieiras e sai em Mairiporã, só que bem pra frente do estrago.

Pra ir, nem vi a viagem, porque tomei um remédio que me fez dormir e acordar em Alfenas às 5 da manhã. O problema foi a volta. Meu irmão e eu resolvemos sair bem mais tarde que o normal, porque sabíamos que haveria trânsito, mas com certeza o fluxo de carros seria menor do que mais cedo.

Ai, doce engano. Dois acidentes FEIOS na Fernão Dias atrasaram a vida de quem voltava do feriadão para São Paulo. O primeiro foi feio, tinha um caminhão (que não era mais caminhão), um ônibus que estava lotado de gente, mas pelo andar não houve feridos, porque estavam todos em pé esperando um outro ônibus chegar para pegá-los, e um carro. Uns 100 metros adiante, havia um resgate ajudando uma pessoa que estava caída no chão. A gente não sabe se foi um atropelamento ou se era algum ferido desse acidente.


Bom, só nisso foi quase uma hora (ou mais) parado ou andando a 20km/hora. Até que passamos, achando que o alívio tinha chegado e que logo estaríamos passando pela “cheirosa” Marginal Tietê indo para casa. Ai, mais um doce engano. O trânsito parou em Cambuí e os carros e caminhões estavam até desligados, porque literalmente PAROU.

Sorte que tínhamos uns ovos de páscoa no carro e comemos um pouco. A única parada que tinha era em Itapeva, que não fica longe, mas foi mais de um hora só para fazer esse trecho e chegar lá.

Só que, como era a única parada, o único posto de gasolina, TODO MUNDO estava parando por lá ou para abastecer ou para comer. Lá dentro do restaurante, estava um formigueiro de tanta gente. Era fila para entrar, fila para o banheiro, fila para pagar...como o brasileiro gosta de uma fila...

Ficamos por lá uns 40 minutos, porque os carros que estavam na rodovia estavam desligados. O acidente, que estava a mais ou menos a um quilômetro e meio pra frente, tinha um caminhão envolvido e tiveram que fechar a pista para poder arrumar o estrago.



Daí quando vimos que o trânsito começou a fluir, corremos pro carro e fomos pra estrada. Andamos exatamente uns 20 metros e paramos...literalmente pela segunda vez. Até encontrei com um amigo de Alfenas que estava no carro ao lado...foi até engraçado.

Nessa hora nem estava mais controlando ou contando o tempo de parada, porque já eram cerca de 23h30 e a paciência já estava longe. Meu irmão estava com o note dele e com uma santa net 3G e lá tinha sinal. Pelo menos passou um tempo até que os carros começaram a andar.

O legal foi que, quando estávamos chegando perto do local do acidente, o caminhão já não estava mais lá. Era um caminhão que transportava melão (sim aquela fruta que é uma delícia). O povo ali fazia a festa carregando caixas e mais caixas. Até um cidadão improvisou uma barraquinha e tava VENDENDO melão na beira da estrada. A minha vontade foi de comprar um e jogar na cabeça do ser que estava com ar de deboche, porque estávamos no trânsito e ele não...nessa hora eu dei risada de raiva.

Depois disso, nem parecia que era volta de feriado. A estrada estava livre. Eu cheguei em casa já eram quase duas da manhã e meu irmão na casa dele uns 40 minutos depois. Imagina só se não estou moída. Só vou conseguir colocar o sono em dia no fim de semana, mas está valendo. Só mais uma história pra contar.

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