segunda-feira, 12 de setembro de 2011

''Sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...''


 Na última semana, O Teatro Mágico lançou o terceiro disco da carreira, A Sociedade do Espetáculo. Bom, como conheço a trupe desde o primeiro trabalho, Entrada Para Raros (2003, com a gravação do DVD em 2008), passando depois por Segundo Ato (2008), acho que esse é o melhor disco deles, começando com Proscênio, com a famosa chamada de abertura: “Sem horas e sem dores. Respeitável público pagão. Bem-vindo ao O Teatro Mágico”.

Em uma entrevista que fiz com o vocalista Fernando Anitelli em 2009, quando estava lançando o disco Segundo Ato, ele explicou que os trabalhos são uma trilogia e comparou os dois primeiros trabalhos do grupo: “O Teatro Mágico é uma trilogia, desde o início do projeto a ideia é fazer isso. O primeiro disco (O Teatro Mágico - Entrada para Raros) tem uma característica um pouco mais lúdica. As músicas falam da relação do homem com o cotidiano de uma forma poética, mais lírica, com brincadeiras, tudo numa coisa só. E de repente, o Segundo Ato é uma outra ideia, nós começamos a contestar esse cotidiano, provocar aquilo que está ao nosso redor. Falamos agora um pouco sobre a relação do homem e de seu trabalho, essa coisa maquinada que se transformou o dia a dia do cidadão. O disco possui uma identidade forte, com arranjos mais criativos e maduros”.

E eu acho que A Sociedade do Espetáculo é o amadurecimento desses dois primeiros discos, fechando a trilogia. Mas, claro, não perde a essência que só essa trupe tem de mistura o lúdico com o real da maneira mais poética que possa existir. E não deixando o foco de arte independente de lado, que eles sempre abordam e apoiam.

O disco está lindo, tanto na poesia, quando na melodia, e até quanto nos estilos musicais que adotaram para esse trabalho – há até uma batida de funk em O Novo Testamento, que ficou muito legal, porque tem conteúdo na letra (“Não pode se opor a dor é revelar a si”).

As composições, como não seriam diferentes, trazem um pouco de reflexão, sonho, pensamentos que flutuam, como Além, Porém Aqui, Eu não sei na verdade quem eu sou, O que se perde quando os olhos piscam, bom, TODAS, né? Não há como não pegar essas letras e, ao invés de cantar, ler, como em Felicidade?, em que Fernando Anitelli, vocal da trupe, somente recitada, como se estivesse em um sarau, ou em Fiz uma canção pra ela, que é linda de se ler e ouvir.

Esse vai ser mais um disco com músicas marcantes, assim como os dois primeiros também trouxeram, como Separô, Ana e o Mar, Camarada D’agua, Realejo de Entrada para Raros, e Cidadão de Papelão, Eu não sou Chico mas quero tentar, Abaçaiado, de Segundo Ato.

Para falar a verdade, estou ansiosa para ver como será o show de lançamento desse último trabalho. Eles sempre trazem alguma surpresa e com certeza não será diferente.
 
O Teatro Mágico já lançou três videoclipes desse disco: Da Entrega, Amanhã... Será e O que se perde enquanto os olhos piscam. Este último ficou perfeito e eu soube que foram fãs da trupe que fizeram e eles guardaram a sete chaves até o lançamento. Já em Amanhã...Será? há cenas de guerras, conflitos que existem em todo o mundo. E em Da Entrega não há nenhuma grande produção, eles estão apenas em um estúdio, sem maquiagem, gravando a canção.

Estão abaixo para quem quiser ver e ouvir.

Da Entrega



O que se perde enquanto os olhos piscam



Amanhã... Será?



E se quiser ouvir o disco inteiro, O Teatro Mágico disponibilizou o disco inteirinho para download no site oficial da trupe. É a “pirataria saudável”, como já disse Fernando Anitelli. É só clicar AQUI que vai direto para a opção de baixar o disco. E vale a pena até ficar andando pelo site deles, que está muito legal também!

Foto: site oficial

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