quinta-feira, 15 de julho de 2010

Encanto e magia


Eu sempre gostei de ir ao circo. Mesmo aqueles bem simples que paravam na cidade e ficavam por lá alguns meses com suas atrações mais assustadoras, como os leões ou o tal globo da morte ou até as mais engraçadas, como os palhaços. Muitas amigas já me falaram que odiavam os palhaços por causa de suas maquiagens tristes, chegando até a serem assustadoras.

Mas diferente, eu sempre os adorei. Era a atração que eu mais esperava nos circos, porque, como já dou risada que qualquer besteira, com palhaços não era diferente. Fora que, mesmo com as maquiagens, eles levavam alegria para quem estava lá e sempre com garantia de pelo menos um sorrisinho do que menos curtia. 

Por que estou escrevendo isso? Porque esta semana tive o privilégio de conferir a magia do Slava’s Snowshow, no Citibank Hall, aqui em São Paulo. Uma trupe de palhaços russos, comandada por Slava Poluin, que hoje tem 60 anos, considerado o palhaço mais importante do mundo. Ele fez por merecer, pois chegou a produzir o número de palhaços para os espetáculos Alegria, O e La Nouba do Cirque du Soleil.


Cheio de efeitos especiais – com o uso de água, papel, jogo de luzes, teias feitas de algodão, bolas, gelo seco e bolhas, muitas bolhas –, o espetáculo foge totalmente do convencional e inicia com um palhaço velhinho, se vestido de amarelo (na verdade, é o próprio Slava Poluin que o interpreta, mas desta vez, ele não veio ao Brasil), com seus poucos cabelos, que quer se enforcar, mas que não o faz, pois é impedido por um outro palhaço vestido de verde (este possui vários “clones” de todos os tamanhos, que aparecem durante toda a apresentação).

O mais legal de tudo é que não há diálogo durante todo o show. A expressão corporal é perfeita, fazendo movimentos com as pernas, como se eles aumentassem e diminuíssem de tamanho a ponto de não ter nenhuma alteração na roupa, não mostrando que os joelhos estavam dobrados.

A partir daí, diversas histórias acontecem com o palhaço principal, com aventuras, despedidas românticas, brincadeiras e, especialmente, a integração com o público. Em diversas partes, ele desce até os presentes e brinca com um ou outro, sendo que os que sentavam nas primeiras fileiras tomaram um banho de água (de verdade).



Até que ele resolve fazer uma “limpeza” no palco, com uma vassoura e uma escadinha pois, tinha que subir para limpar as paredes, ao som de Mas que Nada, de Sérgio Mendes, em que ele dublava alguns trechos da canção (o momento que eu mais dei risada em todo o espetáculo, pois ele era interrompido pelos palhaçoes vestidos de verde, que, quando apareciam, uma música mais agitada, atrapalhando seu trabalho). Ele foi tirar uma teia de aranha e se embolou todo, até que uma teia enorme caiu sobre o palco e foi cobrindo todos os presentes. Estávamos nas fileiras do fundo, e foi nessa hora que participamos, pois um manto branco de algodão cobriu a galera e mostrava que era o intervalo havia chegado.

Durante os 20 minutos de intervalo, os palhaços vestidos de verde, que eu citei no início, andaram pelo público, brincando se divertindo, tirando fotos. Uma repórter que estava gravando por lá tomou um banho de um deles, quando começaram a brincar com água e a jogar nos presentes. Até que descobri que a apresentadora Hebe Camargo estava lá no camarote. Claro que não ia deixar de chamá-la de “gracinha” e tirar uma foto dela, olha ela aí embaixo.


Além disso, em alguns momentos, durante a segunda parte do espetáculo, foi possível escutar as altas risadas da apresentadora.

Na volta para o segundo ato, mais encanto e o momento em que eles fazem “nevar” em todo o salão. Foram baldes e baldes de papéis picados voando por toda a galera. Mágico, único, lindo. O público participando ativamente.

Mesmo parecendo ser algo para crianças, o Slava’s Snowshow não permite a entrada de menos de 8 anos, pois possui alguns momentos de suspense (mas sempre com algo de engraçado no fundo). O final veio com gigantes bolas jogadas para o público e eu saí de lá e muitos ainda brincavam com elas as jogando para todos os lados. Essa é a segunda vez que trupe, formada em 1993, desembarca no Brasil para uma curta temporada, pois já estiveram por aqui em 2007. Eles ainda passam por Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Simplesmente encantador e muito divertido.

Peguei alguns vídeos no youtube para vocês terem uma noção de como é o show da trupe. E as fotos, eu tirei na miúda lá dentro, porque não podíamos usar câmeras durante a apresentação. =/



E eu achei um video caseiro da parte em que tocam Mas que Nada, antes da teia de algodão ir para a galera. Mas não é o mesmo que fizeram no dia em que fui, pois o palhaço era mais gordinho, rs




E encontrei um trailer também para vocês conhecerem um pouco mais:





2 comentários:

  1. É ININARRAVEL E INCOMENSURAVEL O SEU TALENTO, NÃO É A TOA QUE JÁ FOI ASSISTIDO POR MAIS DE 3MILHOES DE PESSOAS,

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