terça-feira, 18 de agosto de 2009

Às vezes (ou quase sempre) o metrô é terrível

Quando ficamos gripados, tudo fica devagar...acordamos atrasados para o trabalho é aquela correria ao mesmo tempo que não quer nem sair da cama e ficar deitado o dia inteiro. Pra quem enfrenta metrô para ir para o trabalho, acordar atrasada não é uma boa ideia. É incrível como as pessoas não são educadas o suficiente para simplesmente falar “com licença” para passar ou para sair do vagão.

Hoje, com esse tempinho de “quero minha cama” de São Paulo e eu ainda com aqueles sintomas básicos de dor no corpo, indisposição e vontade de ficar em casa, me estressei no metrô ao ir para o trabalho. Já começa que você não consegue nem ler um livro, porque as pessoas se encostam ou acham que você é um poste e, se esbarram, nem desculpa sabem pedir.

Fora as folgadas que se acham a Gisele Bünchen da vida e cabem em qualquer espacinho entre outras duas pessoas. Não, você não cabe e nem adianta empurrar que eu não vou ceder o espaço (que não existe). Sério, algumas vezes eu me estresso mesmo, porque não há como manter a calma. E você acaba sendo grosso também e empurra, porque é a lei da ação e reação – se te empurram, você também se acha no direito de empurrar.

Hoje eu não aguentei e “joguei minha bolsa sem querer” no ombro de uma mulher que me empurrou achando que conseguiria ficar do meu lado. Só que ela era baixa e bem acima do peso, então não ia dar. E ela não só me empurrou, ficou empurrando todo mundo que estava na frente dela, achando que éramos pinos de boliche em que ia derrubar a todos. E, nos trens novos da linha verde do metrô de São Paulo, você não precisa ficar encostando em nada. Há vários suportes espalhados pelos vagões para você segurar. Mas, não. Ela queria, porque queria ficar do meu lado (deve ter me achado bonita, só pode) e me empurrou forte.

Nem raciocinei e joguei minha bolsa no ombro da cidadã que me solta a frase “nossa, não tem educação não?”. Eu respirei fundo, contei de zero a mil em cinco segundos e respondi: “A senhora que primeiro poderia ter a educação de pedir licença ao invés de ficar empurrando todo mundo para chegar do outro lado do vagão”. Ela começou a falar um monte, mas, como eu estava ouvindo música, aumentei o volume e tentei não me estressar mais, porque a estação seguinte era a que eu ia descer.

Ela ficou mais revoltada ainda, porque eu a deixei falando sozinha e quando ela olhava para os outros ao redor dela, todos (como diz uma grande amiga minha) fingiam de árvore e nem prestavam atenção no que ela dizia (isso foi fantástico, comecei a rir sozinha quando desci na estação Trianon-Masp).

Tudo bem que muitos estão estressados porque o senhor prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, proibiu a circulação de fretados em algumas vias da capital, então o movimento nos metrôs aumentou e muito. É que ele não anda de transporte público, porque se andasse e encontrasse essa senhorinha que gosta de empurrar todo mundo, veria o quanto esse transporte público em São Paulo não é o suficiente para a quantidade de pessoas que o utilizam todos os dias.

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