terça-feira, 4 de agosto de 2009

Conjunções em pleno sábado?


Acho que tínhamos uns 15 ou 16 anos. O César tinha começado um namoro (não a Salette, a ex-namorada dele, mas isso cabe em outra história), o André também estava de rolo com uma outra menina (que também não era a Nayara). Foi assim que Renato e eu começamos a ficar mais amigos e sair juntos. Nessa época, eu só sonhava em mudar para São Paulo, mas nada certo ainda.

O mais engraçado era que, se você marcava de chegar na praça (sim, cidade pequena o ponto de encontro é na praça central) às 22h30, podia esquecer, que o Renato só chegava às 23h30. Sempre atrasava, porque para se arrumar, é uma vaidade que só vendo!!

Mas, brincadeiras à parte, em cidade pequena é assim: você vai para a praça, fica lá até altas horas conversando, bebendo e, quem sabe, ou vamos para o Cristo fazer um lual (que às vezes não tinha lua, porque tinha chovido) ou ficávamos sentados lá na praça mesmo dando risada e falando besteira. E, depois disso, vamos a famoso e idolatrado Lances Chic 10, popularmente conhecido como Lanches do Marlon, comer os mais variados sanduíches dos mais variados tamanhos (olha a propaganda!).

Era batata! Todo sábado, quando já estávamos de saco cheio, era ir para lá e, claro, mais risadas, porque assunto não faltava pra gente conversar: planos para a semana seguinte, se teria alguma festa interessante em Alfenas pra ir, a pessoa que passou naquele momento com uma roupa que não combinava com ela. Enfim, falávamos de tudo um pouco! Fora que sempre dividíamos os lanches. Eram sempre dois, mas cada um comia uma metade!

Entre tantas conversas... num belo sábado, estávamos lá no trailer (que na época ficava bem na praça, então, era só atravessar a rua), quando um engraçadinho resolve achar que podia estacionar de qualquer jeito e deixou o carro com o farol na nossa cara. Ele parou o carro de frente para o trailer, sabe lá Deus o porquê. Só que o cidadão esqueceu o farol ligado.

Hora da Aula...

Minha mãe é professora de português (acho que daí veio a inspiração para fazer Jornalismo) e, desde sempre, vivia nos corrigindo quando sem querer soltávamos alguma pérola. Foi então que o Renato soltou a frase: “O trailer do Malon está bem iluminado, LOGO, o carro não precisa deixar o farol ligado”. E veio a pergunta: “Logo é qual conjunção?”.

Imaginem a cena: Sábado à noite, mais ou menos umas dez pessoas na praça e nós dois discutindo se LOGO seria ou não seria qualquer coisa. Parece idiota contar isso, mas ficamos um bom tempo tentando adivinhar que tipo de conjunção é LOGO. Agora vem a aula de Português (claro que no dia seguinte, peguei uma gramática a minha mãe e fui conferir qual tipo de conjunção é o termo). Logo é uma Conjunção Coordenativa Conclusiva. Ex.: O rapaz é inteligente, logo, sairá bem na prova.

O Marlon pai e o Marlon filho só olhavam para a nossa cara e ficavam rindo...e quem estava por perto também...ou ficava sem entender do que estávamos falando ou tentava se intrometer na conversar e dar algum palpite!

É, coisas que acontecem mesmo quando a gente literalmente não tem o que fazer, né Re!?

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