sexta-feira, 5 de março de 2010

Migração Interna

Foto: Juliana Dias


Quando um artista pensa em produzir um monólogo, a primeira coisa em que ele precisa pensar é em como prender o público, pois é uma pessoa em cima de um palco, com ou sem cenário, rodeada de telespectadores ansiosos para assistir a um espetáculo.

Assim é em Strangenos, espetáculo do Teatro Labirinto que estreou essa semana no Espaço Satyros I, na Praça Roosevelt, em São Paulo. Dirigido pela costarriquenha Gina Monge, nele, o ator Daniel Alberti interpreta diversos personagens que estão em busca de um sonho que vai desde o trabalho até a vontade de uma mãe em receber a visita de um filho. Tudo começa no escuro com muito jogo de luzes e somente um homem e um banco no centro do palco.

A expressão corporal é o destaque, pois Albert passa de um personagem ao outro por meio de movimentos com o corpo em que quando se comprime se transforma em uma velhinha italiana ou quando está com a postura mais reta, em um interiorano que se aventurou na cidade grande, mas sente saudades de casa. A loucura, espera, solidão também são representadas por alguns dos muitos personagens que aparecem durante os 60 minutos de apresentação.

Outro destaque também é a integração com o público. O espaço é pequeno, cabem apenas 70 pessoas, e o ator conversa, brinca com os espectadores, tendo até alguns imprevistos e mostrando que a improvisação também faz parte do espetáculo. Além disso, Daniel Alberti e Gina Monge conversaram com os espectadores após a apresentação para escutar dúvidas e ouvir sugestões de todos sobre o trabalho. Strangenos fica em cartaz até 27 de maio.

Um comentário:

  1. OI Maraia! Caramba, se vc assisti a maioria das peças e shows que resenha, qtos vc já não dev ter assistido! Vai ser a minha guia aí em SP para eventos culturais. Beijos! Parabéns!

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